Um excelente trabalho, que suscitou desde logo todo o meu interesse, e de onde retirei algumas informações que serviram de base para anteriores artigos, e que possivelmente servirão de base também a outros que, acerca do mesmo tema, me propus escrever, trabalho que nos dá uma imagem da qualidade de vida, em Cambeses, há mais de 200 anos, no que diz respeito à instrução.
Como já se disse anteriormente, a vila de Barcelos dispunha regularmente, desde o início de 1700, de uma Cadeira de Primeiras Letras. Mais tarde, por um mapa que acompanha o alvará régio de seis de novembro de mil setecentos e sessenta e dois, verifica-se que Barcelos e seu termo tinham já, nessa época, três mestres de ler, escrever e contar, e ainda um professor de gramática latina. E se entendermos por termo os limites do concelho, é de admitir que uma dessas três escolas tenha sido em Cambeses.
Esta suposição baseia-se no facto de a política do período pombalino ter por objectivo o servir o máximo da população, privilegiando as vilas-sede de concelho e senhorios, coutos e honras.
Portanto, é natural que Cambeses, como Couto e concelho rural, tivesse sido privilegiado nessa época, com a nomeação de um mestre de escrever, ler e contar, tanto mais que, num mapa de 1727, relativo à rede escolar do distrito de Braga, vem claramente mencionado o concelho de Cambeses como tendo a sua escola das primeiras letras.
E para frisar a importância de nessa época se ter uma escola, basta chamar a atenção para o facto de, e segundo o mesmo mapa, haver então, na vila de Barcelos e em todo o seu vasto concelho, apenas seis escolas das primeiras letras e uma de gramática latina.
E para frisar a importância de nessa época se ter uma escola, basta chamar a atenção para o facto de, e segundo o mesmo mapa, haver então, na vila de Barcelos e em todo o seu vasto concelho, apenas seis escolas das primeiras letras e uma de gramática latina.
Crónica publicada no Jornal de Barcelos de 12 – 03-1992
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